quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Os integrantes do sistema I/O Gatos - parte 1

       Fala sério, pessoas do mundo gato, estou devendo esse post há tempos! Preciso falar dos gatos que gerenciam o sistema informatizado I/O Gatos. Eu falo tanto deles, mas como saber quem realmente são, de onde vieram, quais suas formações profissionais e suas posições e cargos na gerência de TI!

          Para começo de conversa, antes de todos esses gatos, tínhamos um casal de filas que não gostava de gatos de jeito nenhum. E não sei por que eram assim, se nunca os incentivamos a isso! Mas a verdade é que houve histórias horríveis na minha adolescência, na década de 90, envolvendo esses dois cães e filhotes de gatos que eventualmente entravam em nosso quintal (o portão tinha grades grandes, e isso facilitava) e eu nem gosto de lembrar! Por isso mesmo ficamos mais de 15 anos sem ter nenhum gato, e isso realmente me chateava. Em 2004, o Robin, um dos filas, morreu. Foi uma perda bem triste e sobrou nossa querida Panther.

Panther, a fila inquisidora.

BRENDA, A RUDE SIALATA

         Em 2006 apareceu a Brenda. Eu estava trabalhando quando minha mãe me ligou dizendo que um homem apareceu e perguntou se ela gostaria de ficar com aquela gata de uns 4 meses de idade. O homem era um tal que sempre podava as árvores da nossa casa, então minha mãe já tinha certa amizade com ele. Ela colocou a gata para dentro e resolveu ver no que ia dar. Meu maior medo era a Panther (a fila restante), estraçalhar a Brenda. Mas qual não foi minha surpresa quando eu cheguei em casa a noite e vi o gatículo com cara de quem já morava ali havia 20 anos, e a Panther do outro lado, com cara de paisagem! Nossa, que alegria!! Agora podíamos criar gatos novamente!

Parecia um doce de gato.
   
          A Brenda não era uma gata comum. Ela não brincava muito, era bem na dela. Mas não era chata. Às vezes não gostava de muito carinho. Hoje a Brenda tem uma personalidade muito forte. É a gata mais esquisita que eu conheço! Só quer as coisas do jeito dela, se contrariada, ela emburra! Dificilmente aceita novos gatos de primeira, mas passado um tempo, atura qualquer um. Veja bem, atura, tenta suportar. Não brinca com ninguém, com nada. Eu não me lembro da Brenda brincando nem quando filhote! Aliás, tenho um vídeo apenas, feito pelo Nélio com nossa primeira e antiga câmera digital (não tinha nem áudio!). Reparem que nesse vídeo ela brinca incessantemente com um carretel de linha sem linha! Pra falar a verdade, e sendo muito sincera, ela bem que poderia estar possuída por um gato brincalhão nesse dia:



Foi apenas uma explosão lúdica.
 
          Mas de modo geral, a Brenda é calma e em alguns momentos ela ronrona alto. Em outros momentos, mais raros ainda, ela sobe no colo. Ainda filhote, eu a castrei, e tudo continuou na mais perfeita harmonia, a Brenda e a Panther. Anos depois, o "pai da Brenda", como chamávamos o homem que nos a ofereceu, pediu para podar uma árvore na calçada e o facão e a tesoura de poda da minha mãe para o serviço. Passados alguns minutos, o homem sumiu com as ferramentas e nunca mais foi visto pelo bairro! Pelo menos deixou uma gata!


Será que foi uma troca justa?

ANTONIETA, A LINX POINT

          Perto da casa da minha mãe, existe uma comunidade católica chamada Santo Antônio. De vez em quando aparecem uns gatos e ficam por lá. Alguns vão embora e retornam. A Antônia (não a Antonieta) era uma que ficou. Eu a castrei e logo ela fugiu para a comunidade novamente. Achei que lá era o lugar dela, era de lá que ela gostava. Tudo bem! Passados algumas semanas, uma vizinha da comunidade havia visto uma moto atropelar a Antônia. Ficamos todos muito chateados, principalmente a vizinha, que alimentava a gata!

      
 
          Tempos depois era época de festa junina e Santo Antônio que se preze, tem que honrar seu nome. Minha mãe falava de uma gata cinza que rondava a comunidade, mas nunca parava lá. O pessoal dava comida e depois ela ficava um tempo sem voltar. Nossa vizinha concluiu que talvez ela tivesse casa e que fosse melhor parar de alimentá-la para que ela não saísse tanto pelas ruas e ficasse em seu canto. Eu havia visto a gata cinza fugindo da bagunça da festa junina de 2006, num sábado da semana de Santo Antônio. Só vi o rabo de guaxinim se esvaindo pela esquina!

Leve textura de guaxinim.
  
          Dias depois, a vizinha liga para minha mãe dizendo que a gata voltou pele e osso. Ela voltou atrás em sua conclusão, achando que na verdade, ninguém a alimentava, e que deveria estar sem comer há dias. Voltamos a alimentá-la e dias depois, castramos. Nossa intenção era retorná-la à Comunidade, mas ela deu tão certo na casa de minha mãe, que resolvemos ficar com ela. Parei para examiná-la: faltavam dentes incisivos, os olhos apresentavam nistagmo (o olho treme). Achei que tivesse sofrido algum acidente na vida, o que me deixou profundamente penalizada com a situação da coitada! Achei que talvez tivesse dono, que a abandonou, ou que morreu. Batizamos de Antonieta (tudo derivado de Santo Antônio), e reparamos também que ela adorava ração e tinha nojo de carne e leite, o que reforçava a ideia de que talvez havia tido um dono!

Gostei, acho que ficarei com a casa!

          A Antonieta é muito carinhosa e na dela. Ela não é fã de colo, mas gosta muito de carinho, amassa muito pão e ronrona bastante, mas também, só quando quer. Brinca bastante também, principalmente com ratinhos de catnip. E dorme praticamente o dia todo, só acorda para comer! Quando eu morava na casa da minha mãe, ela dormia no banco da minha moto! Tem o pelo muito macio e denso e um miado bastante gostoso. Possui olhos amendoados e é bem parrudinha.



A FORMAÇÃO DA REDE LOCAL BRENDANIETA



          Em 2010 eu me casei e me mudei de lá. Queria por tudo trazer a Brenda, mas minha mãe enfiou na minha cabeça que ela jamais iria se acostumar a viver em um apartamento. Fiquei com medo, pois conhecendo a Brenda como eu conheço, era bem capaz dela roer as telas e tentar fugir! Ela é extremamente sistemática e dura na queda (tive que dar florais para ela um tempo para que ela se acalmasse e parasse de arrumar brigas com os gatos dos vizinhos. Resolveu, e ela está bem mais calma). Pedi, então, a Antonieta, que é mais calma e apartamenteira, mas minha mãe disse que a Antonieta era dela, que foi ela que a trouxe e cuidou dela, portanto, eu que me virasse com outro gato. Então, a Brenda e a Antonieta continuaram felizes e satisfeitas em seu habitat natural, desenvolvendo programas de fofuras felinas utilizados por usuários estressados que desejam se acalmar apenas por observar um belo gato! E que funcionam mesmo!

Continua no próximo capítulo...

8 comentários:

  1. Ah Lívia...assim não vale! Tô mega curiosa pra saber o restante da formação do I/O Gatos. Adorei saber sobre a Panther e o Robin.
    Quem vê aquele primeiro vídeo da Brenda garante que ela é brincalhona, mas como boa sialata ela tem que se manter durona diante dos humanos rs. Nem por isso deixa de ser linda e encantadora. Antonieta já começa bonita pelo nome e tem olhos lindos. Adoro quando eles amassam pãozinho!!
    Beijos

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  2. Linda história e como você escreve bem!!!! =)

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  3. Agora morri de curiosidade para saber mais sobre o sistema I/O gatos. Como pode a Brenda tão pequena vencer e mudar a Panther, isso que é ser dominante.
    beijos

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  4. O que eu mais gosto nos gatos é que cada um tem sua personalidade e seus donos sempre acham que são os gatos mais diferentes/estranhos do mundo! Os integrantes desse sistema são lindos e fofos e dá vontade de apertar todos, inclusive a Panther porque eu adoro cachorrões! É bom vir de uma família que protege e cuida de animais, espero que meus filhos formem suas famílias com peludos incluídos e amados!
    A foto da casinha parece que ela pertence a algum cachorro mas a Antonieta resolveu se apropriar!
    Beijos
    Laís

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  5. que história legal Lívia!! Só quem conhece gatos para entender as suas personalidades distintas e manias mau interpretadas!
    Minha mãe tb tem uma cachorrinha que não suporta gatinhos...uma pena quando isso acontece né? Então a cachorrinha mora no quintal e os gatinhos dentro de casa, eles não saem e ela não pode entrar, senão, já viu.
    Tenho uma curiosidade, esses gatinhos vesgos, como a Antonieta, enxergam normalmente?
    Estou ansiosa pelo próximo capítulo!!

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    Respostas
    1. Oi Suzana. Então, eu percebo que a Antonieta tem sim uma certa dificuldade para enxergar. Parece que a noite ela enxerga melhor, mas de dia, ela se assusta com facilidade, justamente por não estar vendo direito o que lhe passa ao redor. Mas isso não atrapalha a qualidade de vida dela. Para ela, tendo seu cantinho para dormir, longe de cães e outros gatos (a não ser a Brenda), tá tudo de boa!!
      Beijos!!

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  6. Oh, agora fiquei curiosa...
    AAAAAdoro saber a história por trás dos gatos blogueiros ;))
    Bjs

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  7. Lívia vocês tinham que pedir guarda compartilhada das gatas hehe, já vi a quem tu puxou gateira. Vou ficar aguardando o próximo capitulo, mas não vai fazer a gente ficar curiosa por uma semana,né! Bjs

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Entrem, insiram dados, fiquem à vontade. O sistema I/O Gatos fica muito feliz com sua presença!!

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